quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Benchmarking: Eu copio, tu copias e nós melhoramos!




Umas das características principais de todo empreendedor é a vontade constante de tornar seu negócio referência no mercado em que atua. Mas como conseguir tal façanha? Como saber se o meu conceito de excelência é realmente o que o mercado necessita? O " seu melhor" é, de fato, o melhor?  Ou existe um nível maior que lhe coloque perto da perfeição do que o "seu melhor"? A melhor forma de responder estas perguntas é olhar ao seu redor. Voltamos a um principio fundamental do empreendedorismo: a pesquisa. Mas, desta vez, com o nome um pouco diferente: Benchmarking.


Mas afinal o que é Benchmarking?

Se você, empreendedor, algum dia atentou para observar alguma prática que o seu concorrente fez e achou interessante e posteriormente resolveu adotá-la de forma melhorada, parabéns, você fez Benchmarking. 

Benchmarking nada mais é do que adotar as melhores práticas existentes no mercado, sejam elas executadas pelos seus concorrentes ou não, e absorver para o seu negócio de forma melhorada. Ou seja, copiar! Sim, copiar! Entretanto, sempre melhorando-as continuamente. Trata-se de um processo sem fim, onde sempre irá existir pontos a serem trabalhados e otimizados afim de transformar o empreendimento em referência no segmento no qual está inserido.

O benchmarking é uma ferramenta de pesquisa de alcance incrível. Quando utilizada de forma sistemática e engajada é capaz de proporcionar inúmeros benefícios, auxiliando no aumento da eficiência da qualidade do serviço/produto.







Quais os tipos de Benchmarking

Os tipos mais importantes desta ferramenta são:


Competitivo

Tem como característica a observação de concorrentes. Está prática é pouco utilizada por conta de sua complexidade em levantamento de dados e informações tendo em vista que a empresa concorrente não forneceria seus dados facilmente para outras empresas. Neste caso, é comum a figura do consultor externo no processo de levantamento de dados. 


Interno

Caracteriza-se pela adoção de melhoras práticas já existentes dentro da empresa, porém, de setores diferentes. Um departamento pode se tornar referência por possuir processos e métodos que tornem a rotina do setor mais enxuta e objetiva. Assim como um departamento pode ser copiado e melhorado por possuir atitudes que contribuem para o bem social ou ambiental.


Funcional

Ocorre entre empresas de segmentos diferentes e na maioria das vezes não concorrentes. É um dos tipos de benchmarking mais utilizado atualmente, pois possibilita a observação e acompanhamento sem grandes dificuldades. Por exemplo: uma empresa do ramo alimentício, que possui uma linha de logística bem desenvolvida, pode ter seus processos copiados e melhorados para a realidade de outra empresa do segmento de cosméticos, sem grandes dificuldades e restrições pois suas atividades "meio" são comuns em várias empresas.


Colaborativo

É realizado quando duas ou mais empresas, não concorrentes, promovem seus modelos de boas práticas a outras empresas fomentando o aprendizado e crescimento das mesmas. Há uma parceria entre as empresas onde o objetivo é a troca de aprendizado ou a promoção da imagem da empresa perante o mercado, neste último caso em outras palavras, trata-se de uma "publicidadezinha").


Conclusão

Como eu já havia falado no início do post, o benchmarking é uma ferramenta de potencial muito elevado. Muito mais do que fazer uma cópia do que é bom, a ferramenta possui uma conotação bem ampla. Dessa forma,  tal ferramenta sendo aproveitada em sua plenitude, pode-se tornar um ponto chave de crescimento e reposicionamento da empresa. Identificar uma referência, efetuar esforços para absorver os pontos positivos de destaque, e por último, ultrapassar o limiar trarão a consequência de atingir a excelência no mercado atuante.

 
 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Administrar é para Administradores!




Posso ser um pouco suspeito sobre tema de hoje, mas tentarei ser imparcial. Falar sobre Administração com propriedade nas palavras, exige muito mais que uma formação acadêmica. Apesar de ainda estar um pouco longe, esforço-me bastante para chegar neste nível. Por mais que uma pessoa passe anos estudando, frequentando cursos, palestras, workshops, conferências, etc, o bem mais precioso além do conhecimento é, na minha opinião, a vivência/experiência. Um profissional pode possuir toda base teórica da Administração mas se não possuir a vivência, não deverá se denominar um Administrador propriamente dito. Fazendo uma analogia bem simplória, seria o mesmo que ter uma bicicleta e não saber andar. Ou seja, ambas habilidades se completam, caso não andem em sintonia e simbiose não há como ser um Administrador de sucesso. Indo mais além, posso afirmar veemente que um profissional que não possui estas habilidades equilibradas(conhecimento/vivência), dificilmente sentirá o real sentido e diferença que a profissão fará em sua vida e na sociedade. 


"Administrar é um trabalho que as pessoas buscam para realizar seus objetivos próprios ou de terceiros (organizações), com a finalidade de alcançar as metas traçadas. Dessas metas fazem parte as decisões que formam a base do ato de administração que são as mais necessárias. O planejamento, a organização, a liderança, a execução e o controle são considerados decisões e/ou funções, sem as quais o ato administrativo estaria incompleto." (Maximiano, 2007)


Administração no Brasil

Hoje, dia 9 de setembro, é comemorado dia do Administrador. Há 50 anos a profissão teve suas atividades regulamentadas aqui no Brasil. Com mudanças políticas e econômicas ocorridas no país em 1964, houve uma grande ascenção da industrialização e consequentemente foi criada a Lei nº 4.769, que regulamentaria a profissão. O objetivo da criação da lei foi para que grandes empresas que estavam se instalando no Brasil não sofressem com a escassez e a qualidade de mão de obra profissional de gestão de suas empresas. Novas tecnologias, modelos e processos vindos dos EUA exigiam a qualificação de profissionais nesta área. Posteriormente, com o objetivo de controlar e fiscalizar o exercício da profissão, foram criados conselhos regionais (CRAs) em que, somente poderiam exercer a profissão, os profissionais que possuíssem a inscrição no órgão. A partir desta época observa-se um forte crescimento no número de cursos de administração no país, como mostram os dados abaixo:





Características de um Administrador

Um profissional de Administração se caracteriza por suas habilidades comportamentais (que na verdade todo profissional deve possuir. Sendo assim se faz digno do título: "profissional") e acima de tudo, habilidades técnicas. Dentre as habilidades comportamentais podemos destacar algumas, como: resiliência, percepção, fidelidade aos seus valores e aos da empresa, boa convivência, ética, dinamismo, proatividade, dentre outras. Já nas habilidades técnicas é possível destacar: planejamento, administração do tempo, gestão de pessoas, gestão financeira, compromisso com a sustentabilidade, entre outras. 





Administrar é para Profissionais de Administração

Se pararmos para observar, praticamente todos os campos da vida de um ser humano são passiveis ou dependentes da Administração. Cuidar da residência, otimizar o tempo do dia a dia, vida profissional, conciliar vida pessoal x vida profissional, filhos e esposa(o), estudos, lazer, dentre outras atividades que exijam que tenhamos, um pouco que seja, um espírito administrador. Muitas vezes orientados pelo sexto sentido, mas válido, pois nessas horas somos gestores da nossa própria vida. Numa empresa ou corporação a história é um "pouco" diferente, na realidade, bem diferente. Infelizmente muitas empresas ainda não "acordaram" para esta realidade que bate a porta. Têm-se a nefasta ideia de que qualquer pessoa sem a capacitação necessária, pode estar a frente do seu negócio pelo simples fato que esta pessoa é organizada, educada, de confiança ou qualquer outra qualidade comportamental. Sem dúvidas tais atributos, citados anteriormente, são muito importantes na essência de todo profissional. Entretanto, somente os atributos comportamentais não bastam! Não adianta ter boa vontade se não há conhecimento técnico associado a vivência. Não adianta querer mudar o mundo sem sair de casa, do mesmo modo que não adianta querer construir uma casa se você não possui ferramentas e materiais para isso. Enfim, não adianta querer que sua empresa alcance o sucesso se você não possui um PROFISSIONAL de Administração qualificado a frente dela. 




*Fonte: http://www.cfa.org.br
*MAXIMIANO, Antonio César Amauri - Introdução à Administração. São Paulo - ed. Atlas, 2007.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Importância e o Impacto da Administração do Tempo na Rotina Corporativa


Falar em Técnicas para Administrar o tempo, é considerar que estratégias usadas para esta finalidade são encontradas facilmente. Porém, não se adequam a qualquer tipo de atividade ou de indivíduo que a exerce. 

"A administração do tempo pode ser definida de forma simples, como um plano de utilização e controle do mesmo da forma mais eficiente e eficaz possível. Obviamente o tempo é algo mais do que isto que a definição sugere. Um plano deve ser criado para atender às necessidades específicas de um indivíduo. Um único sistema não pode ser adequado para todos. Ele precisa ser solto e flexível, de forma a ajustar-se a situações em constante mudança. (IAIN, 1995, p. 7)"


Ainda que não haja uma fórmula padrão para o planejamento do tempo, algumas medidas, quando bem empregadas e moldadas à forma de trabalho de cada indivíduo, podem decorrer em resultados surpreendentes. Primeiramente é importante compreender, qual a diferença entre o que deve ser considerada uma atividade urgente ou importante.

Urgente significa que a atividade exige nossa atenção imediata. A importância, por outro lado, tem a ver com resultados. Se algo é importante, contribui para nossa missão, nossos valores e metas prioritárias. Nós reagimos a questões urgentes. As questões importantes que não são tão urgentes exigem mais iniciativa, mais pro atividade. Precisamos agir para aproveitar as oportunidades, para fazer com que as coisas aconteçam. (COVEY, 1989, p. 98)




MATRIZ DE ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO OU MATRIZ URGENTE/IMPORTANTE

Matriz de Administração do Tempo, mais conhecida como Matriz Urgente/Importante é uma ferramenta utilizada para se ter um melhor entendimento do que diferencia as atividades entre urgentes e importantes. Ou seja, utiliza-se para estabelecer o grau de prioridade de determinada tarefa e quais ruídos serão encontrados (a fim de contorná-los) para que a mesma seja executada.


Figura 1 - Fonte: Retirado do site http://www.sbcoaching.com.br/blog/colaboradores/fernando-colella/matriz-urgente-importante/

Quadrante I (Crises ou problemas)
São considerados os problemas de última hora. Administração de crises.

Quadrante II (Metas e Planejamento)
Questões não urgentes, porém, importantes.

Quadrante III (Interrupções)
Questões não importantes, porém, urgentes.

Quadrante IV (Distrações)
Questões não urgentes e não importantes.




OBSTÁCULOS NO DESEMPENHO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS

As interrupções e distrações, assim como outras ações, conhecidas como os “ladrões de tempo” poderão obstaculizar o cumprimento de atividades urgentes ou importantes. São elas:

  •   Internet e Redes Sociais

Com o avanço acelerado da tecnologia e da forma como as pessoas se comunicam, muitas ferramentas que são utilizadas para aperfeiçoar e agilizar vários processos acabam tornando-se grandes vilões. Assim como qualquer ferramenta que tem como objetivo de sintetizar alguma parte de um processo, as mesmas sendo utilizadas de maneiras errôneas acabam por atrapalhar e criam ruídos de comunicação. Por exemplo, celulares e computadores com aplicativos que permitem acesso imediato a internet e conseqüentemente redes sociais.
  • Comunicação/E-mails

Estabelecer um cronograma para visualização e categorizar cada e-mail durante a jornada de trabalho é fundamental para uma rotina enxuta e eficaz. Muitos profissionais acabam por não concluir nenhuma atividade com 100% de eficácia pelo simples fato de ter dificuldades no processo de organização dos e-mails recepcionados ao longo do dia. Atividades não urgentes e que necessitam apenas que o destinatário tenha conhecimento sobre algum assunto, podem ser comunicadas por e-mail. Uma ligação para passar informações, acabam por interromper o trabalho de outrem desnecessariamente.

  • Preocupações Emocionais

Colocar as atividades a fazer no papel, em uma planilha do excel ou até mesmo em post-its são formas de “retirar” da mente preocupações com o que necessita ser realizado. Quando a mente está repleta de preocupações com o que precisa fazer, a concentração com a atividade que está sendo realizada, fica comprometida.

  • Reuniões

Reuniões devem seguir um cronograma pré-definido ao início de cada projeto. A realização de reuniões sem planejamento pode causar desvios de atenção e conseqüentemente perda de tempo nas realizações de outras tarefas que exigem elevado grau de concentração. Outro ponto importante é a pauta da cada reunião. É de extrema importância que antes da realização dos encontros os gestores tenham pré-definido todo roteiro que o encontro deverá seguir, evitando assim fugas de temas e ruídos de comunicação e despreparo dos envolvidos quanto aos assuntos abordados.






O VALOR POSITIVO DA INTERNET E SUAS FERRAMENTAS NO AMBIENTE CORPORATIVO RELACIONADO À ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO



Atualmente é incontestável que a rotina corporativa está cada vez mais otimizada por meio da utilização de novas tecnologias. O uso da internet nas organizações cresce a passos largos e atinge todos os setores da empresa, dos mais operacionais aos setores de alta gestão. Um dos fatores que podem ser considerados positivos e de enorme contribuição para a disseminação do uso da internet é justamente a facilidade que esta ferramenta proporciona nos processos de comunicação.


Um dos valores positivos no uso da internet no meio corporativo é o alto impacto na redução de custos. Empresas que possuem filiais em cidades ou até mesmo países distantes, podem se comunicar e trocar dados com a velocidade e precisão que não teriam se estivessem utilizando contatos presenciais.

E-mails são um grande aliado no processo de administração do tempo. Através deles podemos classificar o grau de prioridade de uma determinada atividade a ser executada. Podemos citar também, o poder de integração que proporciona por ser responsável por integrar diversas células de uma empresa através de um só meio de se comunicar.
Com um poder de alcance abrangente, e conseqüentemente eficiente no fator tempo, as corporações conseguem utilizar a Internet e todos os seus recursos como benefício importante para economia do tempo. 




LIDERANÇA INTELIGENTE: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO NO AMBIENTE CORPORATIVO


O líder possui papel imprescindível no que tange ao desenvolvimento dos colaboradores quando se trata de administrar o tempo, ou seja, as atividades, dentro do prazo especificado.

Entende-se por atuar com entusiasmo, sentir-se motivado e feliz com o ambiente em que está inserido, quando o colaborador se depara com um local de trabalho estimulante e que proporciona condições adequadas a execução das atividades. Dentro do contexto apresentado, a liderança é diretamente responsável por possibilitar que sua equipe tenha recursos e prazos perfeitamente atingíveis, no entanto, desafiadores, que os permitam se desenvolver como profissionais. 

"Liderança: É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. (Hunter, 1989, p. 25)"

A liderança precisa dispor de tempo para acompanhar e desenvolver a sua equipe, tendo em vista que a falta de planejamento gera desperdício de tempo e maior custo para a empresa.

Ao ser capaz de aplicar o planejamento estratégico, ou seja, indicar as direções a serem seguidas no processo de delegação de tarefas tanto para sua equipe como para si mesmo, o líder precisa considerar o tempo necessário para executá-las com qualidade, e assim, terá grandes chances de obter resultados satisfatórios para a empresa. É comum observar líderes queixando-se de reuniões improdutivas, que costumam tomar todo o tempo de trabalho. A aplicação de reuniões semanais para delegar as tarefas da semana à equipe pode proporcionar um melhor controle das atividades, maior entendimento da equipe quanto ao que precisa ser realizado e entregue. O resultado disso são melhores resultados e tempo hábil para agir nas urgências.

Ao ouvir sua equipe, a liderança poderá identificar problemas, interrupções e gargalos no dia a dia. A identificação e discussão sobre tais assuntos poderão gerar soluções que resultem em redução do tempo gasto. A administração do tempo não é algo individual, nosso tempo não exclusivamente nosso, pois dependemos de outras pessoas para executarmos nossas tarefas.

A elaboração de procedimentos de trabalho bem definidos, com instruções de tarefas e rotinas diárias, escritas com o auxílio dos colaboradores que executam as atividades, podem resultar em formas mais simples e rápidas proporcionando o uso mais inteligente do tempo.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Grandes empresas tentam otimizar ao máximo o papel de seus gestores no comando dos projetos afim de fazer com que produzam mais e minimizem os custos em geral. A antiga expressão “tempo é dinheiro” faz mais sentido nos dias de hoje e obriga as corporações a buscar profissionais capacitados e com “feeling” de gerir equipes sempre com atitudes pró ativas. Vivemos numa era em que não há mais espaços para procrastinadores. Onde se destaca quem utiliza o tempo da melhor maneira possível.




Um mundo corporativo repleto de desafios e disputas sadias, algumas vezes nem tão sadias assim, mas acima de tudo justo. Justiça esta que pode ser demorada, mas um dia se faz presente na vida profissional das pessoas.

Portanto, vimos como o tempo é um fator importante e escasso se não for administrado da maneira correta. É imprescindível que haja uma nova forma de olhar estas questões por parte dos gestores. Onde as gerações mais antigas devem acompanhar e se manter atualizada, enquanto as novas gerações devem focar e procurar aperfeiçoar cada vez mais seus conhecimentos referentes ao assunto.




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Procrastinação: Ahhh! Amanhã eu faço!


Quantas vezes você disse a frase do tema deste post nos últimos dias? Só não vale responder: "Ahhh...depois eu conto!" (rsrsrsrs). Brincadeira a parte, o tema de hoje faz parte do cotidiano de muita gente. 

Resolvi falar um pouco desse tema pois acabei passando por situação parecida nos últimos dias. Não! Não me considero um procastinador convicto, mas acredito que todos nós temos momentos procrastinadores. As vezes temos tal atitude e nem percebemos. Quando falo em "momentos procrastinadores", quero passar a ideia de algo esporádico. Ou seja, ninguém é procrastinador em 100% das atividades e o tempo todo. Isso nos faz pensar que a procrastinação está relacionada à importância de determinada atividade e/ou até mesmo urgência da mesma. Em alguns casos a procrastinação se confunde com planejamento. É isso mesmo que você leu, planejamento! Você deve tá se perguntando: "Como um ato de tamanha irresponsabilidade pode ser comparado a algo tão fundamental para o sucesso?" Pois é, procrastinar com responsabilidade nada mais é do que uma forma de planejamento. Concorda? Se um individuo adia/prorrogar/deixa para depois uma atividade que não exerce um papel fundamental naquele momento no projeto, ele está procrastinando - porém, com responsabilidade e planejamento. 

Procrastinar nada mais é do que deixar para depois, adiar, prorrogar, retardar, postergar, protelar. Enfim, é a atitude de adiar toda ou determinada atividade que possa fazer parte ou não da rotina de um individuo, seja ela relevante ou não. Um fator interessante é que tal ato está diretamente ligado às obrigações ou deveres. Observa-se, também, que o ser humano não procrastina atividades que possam de alguma forma lhes transmitir prazer. 





Fatores Relacionados

Existem diversos fatores que estão relacionados a procrastinação, entre eles estão:

  • Tempo
Você já deve ter escutado a expressão: "Estou sem tempo". Acredito que este seja o fator que mais influencia na vida de um procrastinador, e também é a desculpa favorita de muitos deles (rsrsrs). O tempo é o mesmo para todos nós, a diferença está na forma como fazemos proveito do mesmo. Para um procrastinador o tempo não está associado ao planejamento e a qualidade na realização de determinada tarefa. Não há a ideia bem estruturada de: "quanto mais cedo começar melhor ficará", "menos adversidades aparecerão no caminho" ou "será mais fácil contornar possíveis dificuldades". Portanto, falta a capacidade de "administrar o tempo" (tema do próximo post).


  • Relevância
É relevante ou não? Qual o grau de importância? Cabe ao indivíduo estabelecer parâmetros que auxilie na verificação da relevância da ação. Em algumas empresas quem determina o grau deste item geralmente é a gestão. O que pode ser feito para classificar as atividades é uma lista de prioridade. Simples e objetiva, basta listar e estabelecer o grau de importância para cada tarefa. Não há como não tirar de letra este item.


  • Eficácia x Eficiência
O procrastinador é uma pessoa eficaz, porém não consegue ser eficiente. Ser eficaz é alcançar os objetivos pretendidos. Já, ser eficiente representa alcançar tal objetivo da melhor forma possível e com excelência. Logo, fica evidente que ser eficiente não é uma característica de um procrastinador. Ser eficiente faz com o profissional se destaque positivamente, diferente do procrastinador que por sua vez acaba não conseguindo agregar 100% de qualidade às suas atividades por conta da relevância e tempo que é dada a elas.


  • Imediatismo
É comprovado através de estudos e pesquisas que o ser humano possui em sua essência o imediatismo. Em outras palavras o homem tende a dar mais atenção ao presente do que ao futuro. É um fator cultural que está intrínseco na sua personalidade.  Sendo assim, o foco no urgente supera o foco no importante e cria-se uma inversão de prioridades que influenciam diretamente no comportamento do individuo, fazendo com que haja a prorrogação de determinada ação (falta de planejamento).



Conclusão

A procrastinação está presente no comportamento de muitos profissionais. Cabe aos mesmos determinarem a relevância e associá-la a um planejamento conciso, afim de evitar transtornos e imprevistos que possam influenciar negativamente no resultado de um projeto, tarefa ou qualquer que seja a ação. Portanto, procrastine positivamente! Sempre com planejamento. "Procrastinar Positivamente": duas palavras antagónicas, porém, juntas podem fazer um grande sentido no seu dia a dia.




"Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve."



sexta-feira, 31 de julho de 2015

Análise SWOT: Analisando Forças, Fraquezas, Ameaças e Oportunidades


Hoje iremos abordar a importância de uma ferramenta bastante simples e objetiva, que auxilia no posicionamento estratégico da empresa ou indivíduo. Ou seja, esta ferramenta é utilizada com o intuito de desenvolver a visão que o gestor/empreendedor possui do cenário no qual está inserido a empresa. Ferramenta de extrema importância em qualquer fase da vida de uma empresa, a Análise SWOT tem como objetivo principal o mapeamento de quatro fatores: Forças, fraquezas, ameaças e oportunidades. A mesma pode ser utilizada tanto no âmbito profissional (empresas) quanto no pessoal (indivíduo).

A origem da palavra vem do inglês onde cada letra significa um ponto a ser definido: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).






Stengths (Forças) - Ambiente Interno

Os pontos fortes estão diretamente ligados à habilidades desenvolvidas, tecnicamente e comportamental, pela empresa. Ou seja, são os pontos positivos que contribuem no desenvolvimento da empresa sob a ótica interna, além de estarem sob o seu controle. 

  • Nível de Formação dos Funcionários;
  • Clima organizacional sadio;
  • Layout e localização privilegiado;
  • Métodos e Processos Internos bem definidos e desenvolvidos.


Weaknesses (Fraquezas) - Ambiente Interno

Também relacionado ao ambiente interno, os pontos fracos (antagonicamente aos fortes), estão ligados às falhas e questões que devem ser melhoradas. O ideal é que a empresa identifique e observe sua fraqueza como uma grande oportunidade de melhoria, e não apenas como um fator negativo que não pode ser modificado.


  • Comunicação Interna com Ruídos;
  • Falha no Endomarketing;
  • Atendimento ao cliente pouco eficaz;
  • Baixa Capacitação de Profissionais;
  • Gestão "Amadora";
  • Falta de Planejamento em diversos Setores (Não antecipação aos problemas).


Opportunities (Oportunidades) - Ambiente Externo

Ao analisar o ambiente externo, ou mercado, é possível identificar as oportunidades em potencial que estão disponíveis para a empresa. Para isso, é necessário que se observe o cenário como um todo (visão holística). E acima de tudo ser totalmente racional, deixando os sentimentos e fantasias de lado. É necessário entender que as oportunidades existentes para determinada empresa, podem não ser as melhores oportunidades para uma outra empresa. Sim, as oportunidades possuem particularidades e compatibilidades com "N" variantes do negócio e principalmente com o perfil do gestor. As oportunidades são regidas pelo mercado. Sendo assim, as mesmas não dependem da vontade da empresa e não podem ser controladas.

  • Alteração na política econômica do país;
  • Mudanças dos hábitos dos clientes;
  • Empresa concorrente entrando em falência;
  • Aumento ou diminuição do poder de compra do consumidor;


Threats (Ameaças) - Ambiente Externo
  • Novos concorrentes;
  • Mudanças negativas do Governo relacionados a economia do país;
  • Perdas de grandes talentos (profissionais) para concorrentes;



Utilizando Análise SWOT na Vida Pessoal e Profissional

Você sabia que a ferramenta também pode ser utilizada isoladamente para uma determinada pessoa? É uma forma de auto avaliação! Além de promover a melhoria de algumas habilidades, é possível até mesmo identificar outras que não se tinha conhecimento. Experimente! Tenho certeza de que irá funcionar. 


Conclusão

A análise SWOT, sem sombras de dúvidas, é uma ferramenta de grande valia para toda empresa que esteja trilhando o caminho do sucesso. É, também, uma excelente maneira de iniciar projetos de reposicionamentos e reestruturação de uma organização. 

Percebendo qual seu posicionamento atual no mercado em relação aos seus concorrentes, ficará muito mais fácil determinar os próximos passos a serem dados. 




terça-feira, 21 de julho de 2015

Pesquisa de Mercado: Como Influencia no Futuro da sua Empresa


Bem antes do cenário atual em que o país se encontra, a Pesquisa de Mercado já era uma excelente ferramenta para os empreendedores que estavam tirando seus sonhos do papel e colocando-os em prática. Em tempo de crise, a prática de adotar e associar a pesquisa ao Plano de Negócio, antes de iniciar um empreendimento, torna-se indispensável. Pesquisa de Mercado nada mais é do que coletar, identificar, classificar e tabular as necessidades, hábitos, preferências, perfis e costumes dos clientes.

Para que a pesquisa de mercado possua serventia, além de reduzir as incertezas, é necessário que os dados e informações gerados sejam tratados com muita relevância pelo empreendedor. Não adianta medir a "temperatura" do mercado se você não é proficiente para tomar decisões necessárias e se adaptar ao que a demanda deseja. Ou seja, é fundamental que a Pesquisa de Mercado seja parte essencial do Plano de Negócio de toda e qualquer empreitada que se inicia.



De janeiro a setembro de 2013, 1.427.162 novas empresas foram criadas no Brasil de acordo com o Indicar Serasa Experian de Nascimento de Empresas. Delas, cerca de 24% não irão sobreviver aos primeiros dois anos devido a fatores econômicos, falta de planejamento ou inadimplência. O desconhecimento sobre o mercado em que atuam também colabora para um resultado negativo mas, para esse problema, os empresários podem recorrer a uma ferramenta estratégica: as pesquisas de mercado. *



















Tipos de Pesquisas de Mercado

As Pesquisas de Mercado podem ser classificados em dois tipos:

Pesquisa Primária: É realizada com objetivo de coletar dados referentes aos seus concorrentes, as vendas e ações de marketing, entre outros. Sendo assim, a pesquisa primária possui caráter de levantamento de dados que serão transformados em informações para futuros posicionamentos da empresa no mercado no qual está inserida.

Pesquisa Secundária: Possui como objetivo a análise de dados gerados em pesquisas já consolidadas por grandes institutos de pesquisas. É extremamente importante na segmentação demográfica do negócio. Ou seja, com este tipo de pesquisa é possível identificar nichos com capacidade de crescimento em potencial e de retorno do investimento.



Métodos de Coletas de Dados 

Os métodos utilizados na realização das coletas de dados em uma pesquisa de mercado estão subdivididos em quatro tipos:

Pesquisa Qualitativa: Este método é utilizado para mensurar as relações de consumo de pequenos grupos e tem como característica principal o caráter exploratório (busca uma visão ampla do cenário). Geralmente são utilizadas perguntas subjetivas e abertas com o intuito de identificar possíveis desejos, sentimentos, impressões e vontades do consumidor em relação a um determinado produto ou serviço. Um tipo de pesquisa muito utilizada no processo de abertura de uma empresa é a Focus Group, que tem como objetivo mapear todos os possíveis caminhos que o empreendedor irá trilhar durante este processo. A Focus Group é realizada entre grupos de 8 a 12 pessoas que se reúnem em uma sala de vidro espelhado (com um moderador) e debatem entre si experiências relacionadas ao produto ou serviço. Palavras, termos, criticas, expressões faciais, tom de voz, entre outros pontos são registrados e tabulados posteriormente.


Pesquisa Quantitativa: Este método é realizado com intuito de obter dados estatísticos e é feito com um grande número de participantes. São realizados entre os pesquisados questionamentos diretos, objetivos e de rápida resposta. Pesquisas políticas representam um bom exemplo de método quantitativo.  


Técnica Observação: Como o próprio nome já diz, o pesquisador observa o fenômeno no seu ambiente natural. As observações podem ser realizadas transversalmente (de uma única vez) e longitudinalmente (ocorrem ao longo de um determinado período). Esta técnica possui um índice de precisão elevado, já que estamos falando da observação de hábitos de consumo reais dos clientes. O método pode ser realizado através de filmagens, e também pode ser aplicado para pesquisar os hábitos/comportamentos das crianças já que as mesmas não são capazes de expressar suas necessidades através de palavras ou questionários (outro tipo seria também o cliente oculto).


Técnica Experimental: Neste método é possível que o pesquisador manipule as hipóteses, cenários e variáveis afim de estudar a relação de causa e efeito de um determinado evento. Com isso é possível controlar os resultados e as possíveis soluções (praticamente uma espécie de simulador). Este método possui um custo elevado e não é tão comum a sua utilização entre as organizações. 



Como deve ser Realizada sua Pesquisa Mercado?

Sou defensor da não utilização do "achômetro", pois pra mim não passa de excesso de confiança, e por sua vez acaba cegando o empreendedor e fazendo com que o mesmo siga diretamente para o caminho do fracasso. Antes de tudo é necessário que haja sede, pelo conhecimento, pelo novo, pelo que pode te tornar mais competitivo. Enfim, não estou aqui pra dizer qual é a forma correta ou errada de realizar determinada ação na vida. Mas sim, mostrar que sempre vai haver uma forma que te dará menos "dor de cabeça" e será sempre mais rentável (tanto relacionado ao caráter financeiro quanto ao tempo).

Na minha opinião, uma pesquisa bem sucedida é uma pesquisa que está fundamentada em 4 pilares: O Que pesquisar? Como Pesquisar? Quando pesquisar? Onde pesquisar? (a semelhança com a ferramenta 5W2H é proposital). 

O vídeo abaixo mostra um pouco como uma atitude empreendedora pode transformar a realidade de uma empresa em um case de sucesso. A Pesquisa de Mercado foi utilizada para efetuar um reposicionamento do restaurante no segmento no qual está inserido. Vale a pena conferir.





É isso meus amigos, espero que tenham gostado do tema de hoje!

Aos colegas da area de Administração, peço desculpas se esqueci algum detalhe relacionado ao assunto neste post. 

Muito Obrigado a todos e uma ótima semana!



Referências




segunda-feira, 13 de julho de 2015

Gestão da Qualidade Total e sua Importância


Olá Pessoal!!! Segue mais um post feito com muito carinho e dedicação para vocês. O tema de hoje, considero como sendo a base dos fundamentos de um bom administrador. O gestor/administrador que não possui a Gestão da Qualidade Total bem desenvolvida, está fadado ao fracasso.

Vivemos em um mundo que está em constante mudança onde o produto ou serviço precisa acompanhar as tendências do mercado. O termo "competitividade" faz parte do dia-a-dia das empresas que por sua vez têm como obrigação (sobrevivência) vestir suas armaduras e sair à luta. É uma verdadeira guerra onde sai vencedor quem utiliza a Gestão da Qualidade Total da maneira mais completa possível. 



O que é Gestão de Qualidade Total (GQT)?

Segundo Juran(1991) qualidade é:

“A qualidade consiste nas características do produto que vão ao encontro das necessidades dos clientes e dessa forma proporcionam a satisfação em relação ao produto. A qualidade é a ausência de falhas.”

Após definido o significado de qualidade podemos ter uma visão mais focada no sentido da GQT. O termo "total" representa uma linha que vai desde o público interno (desenvolvimento interno da empresa - processos e métodos - pessoas) até o público externo (fornecedores, parceiros, investidores, etc) atingindo e monitorando o projeto como um todo. Ou seja, é o constante monitoramento/planejamento, através de ferramentas criadas pela qualidade, que determinada empresa executa para satisfazer com excelência a necessidade dos seus clientes internos e externos. A Qualidade deve ser preocupação de todos os níveis de uma organização.



Evolução da Gestão da Qualidade Total (GQT)

Com o surgimento da industrialização os antigos artesões acabaram tornando-se operários em grandes unidades fabris. Sendo assim, como acontecia com suas obras os mesmos também eram inteiramente responsáveis pela fabricação de cada peça na linha de produção. Inicia-se assim, a primeira de cinco etapas do processo histórico da qualidade. Nesta primeira etapa, também chamada de Controle de Qualidade pelo Operador, os operários monitoravam e eram incumbidos de assegurar que a fabricação fosse executada com excelência. Esta fase não obteve grandes resultados, ficando claro no final da Primeira Guerra Mundial, onde o número de materiais bélicos fabricados com defeitos ou avarias era muito elevado. A segunda etapa iniciou-se com intuito de agilizar a produção e delegar a atividade de supervisionar a fabricação a um terceiro. Estava criada a segunda etapa, Controle de Qualidade pelo Supervisor. Nesta etapa forma selecionados trabalhadores com maior experiência e dado o título de supervisor no qual sua função era apenas de monitorar e fiscalizar todo o processo fabril. Com o aumento do volume da capacidade produtiva que a indústria estava apresentando, logo a figura do supervisor foi se tornando pouco relevante. Surge então a necessidade de adotar uma postura preventiva, criando-se a terceira etapa: Controle de Qualidade por Inspeção. Com intuito de prevenir grandes perdas e ganhos consideráveis no tempo de produção a terceira etapa surge também com o objetivo de garantir que normas de fabricações sejam seguidas. Estamos em meados da Segunda Guerra Mundial (para não nos perdemos no tempo ...rsrsrs). Findando o período de guerras, inicia-se  a fase de reconstrução e restruturação dos países. Com esta fase a quarta etapa tem seu inicio: Controle Estatístico da Qualidade. Fase (1960) marcada pela preocupação na execução dos processos e métodos das produções das organizações, em que prevenir se tornou ponto crucial para um bom desenvolvimento do crescimento das empresas. Há a criação das sete ferramentas básicas da qualidade: Fluxograma, folha de verificação, diagrama de Pareto, diagrama de causa e efeito, histograma, diagrama de dispersão e carta de controle. A quinta e última etapa aparece em meados da década 70/80. Os japoneses lideraram esta fase com a criação de modelos de qualidade que são aplicados em todos os setores da empresa: financeiro, comercial, contabilidade, marketing e recursos humanos - Controle de Qualidade Total. 



Nos tempos de hoje

A Gestão da Qualidade Total se faz presente em grande parte das empresas que estão liderando o mercado. Uma empresa que não adota ou não dá a devida importância para este tema, possivelmente irá encontrar dificuldades no decorrer da sua existência. Está mais do que comprovado que as ferramentas criadas pela Gestão da Qualidade possuem grande relevância no cenário atual, sendo inadmissível no âmbito de competitividade sua sonegação por parte de alguns gestores. O consumidor busca incessantemente por produtos ou serviços com um grau elevado de qualidade e o diferencial entre as empresas é justamente a forma como elas atendem esta demanda. 

A qualidade deixou de ser um fator atrelado única e exclusivamente ao preço ou valor e tornou-se item obrigatório. Portanto, caso a necessidade não seja saciada o cliente simplesmente acaba recorrendo a um concorrente que irá fazê-lo. Se pararmos para analisar o cenário, podemos observar que a essência da Gestão da Qualidade nada mais é do que padronizar com o objetivo de antecipar erros que poderão interferir no processo desde o seu início (criação de um produto/serviço) até sua aquisição por parte do cliente. Ou seja, um ciclo sem fim de planejamento, monitoramento, revisão e execução buscando sempre a melhoria contínua (PDCA - irei abordar este tema em um próximo post).



PDCA (do inglês: PLAN - DO - CHECK - ACT / Plan-Do-Check-Adjust) é um método iterativo de gestão de quatro passos, utilizado para o controle e melhoria contínua de processos e produtos. Outra versão do ciclo PDCA é o OPDCA, onde a letra agregada "O" significa observação ou como algumas versões dizem "Segure a condição atual". Esta ênfase na observação e na condição atual é utilizada frequentemente na produção enxuta (Lean Manufacturing / Toyota Production System) do Sistema Toyota de Produção.





Referências

JURAN, J. M. & GRYNA, Frank M. Controle da Qualidade Handbook. Conceitos, políticas e filosofia da qualidade. Tradução Maria Cláudia de Oliveira Santos. Revisão técnica TQS Engenharia. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991.v.1

Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_PDCA


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Consultoria Empresarial: Agente de Mudança


Olá Pessoal! Hoje vou escrever um pouco sobre as atividades desempenhadas pelas consultorias empresariais. Sou meio suspeito para falar sobre o assunto, pois faço parte deste nicho. Mas irei procurar ser o mais imparcial possível, assim como o trabalho de um consultor empresarial deve ser desenvolvido. 


O que é Consultoria Empresarial?

Atualmente, os serviços desempenhados por consultorias empresariais têm ganhado cada vez mais importância entre as organizações. Visando sempre a melhoria do meio organizacional, as consultorias destacam-se por serem agentes externos. Que por sua vez possuem maior facilidade, imparcialidade e clareza de identificar/trabalhar pontos que seriam de extrema dificuldade ou até mesmo impossíveis para determinadas empresas. 

Para Rebouças (2011, p.4): "consultoria empresarial é um processo interativo de um agente de mudanças externo à empresa, o qual assume a responsabilidade de auxiliar os executivos e profissionais da referida empresa nas tomadas de decisões, não tendo, entretanto, o controle direto da situação.”


Levando-se em consideração a definição acima de consultoria, é possível associar a imagem do consultor a um agente externo responsável por apresentar as opções possíveis e reais de melhoria em um determinado processo dentro da empresa. Ou seja, podemos comparar o consultor empresarial a figura de um "médico", que fornece o diagnóstico da empresa e "receita" qual remédio se aplica melhor para sanar determinada "enfermidade".

Dificuldades que a Consultoria pode encontrar:

Muitas vezes os serviços de consultorias não são bem vistos por funcionários de algumas empresas. Entre estes funcionários (muitas vezes os com vários anos de empresa e pertencentes a Geração X) há uma falsa ideia de que o serviço é contratado com o único intuito de redução de custos (Lê-se: redução do quadro de funcionários e mudanças...rsrsrsrs). Claro que em alguns casos é necessário, porém isto não é regra. Nos casos que se faz necessário a redução, a figura do consultor acaba sendo hostilizada e consequentemente acaba encontrando mais dificuldades de desempenhar o trabalho em toda sua plenitude. 

Sem dúvidas, a maior dificuldade que o consultor pode esbarrar numa organização é a resistência a mudança. A resistência pode ser vista como uma forma que determinado empregado encontra para não ter que restabelecer o seu valor dentro da organização (é a famosa zona de conforto). Ou seja, é um mecanismo de defesa utilizado muitas vezes como forma de protesto por alguma possível mudança que ocorrerá e provavelmente irá causar impacto em sua rotina de trabalho. Como já foi dito, este tipo de profissional(se é que podemos chama-lo dessa forma) geralmente faz parte de uma geração conservadora onde há uma certa insegurança quando o assunto é: mudança. Estou falando da Geração X(em breve irei criar um post falando sobre as Gerações X, Y e Z).


Para Kotter e Schlesinger(2008, p.2), “os esforços de mudança organizacional vão com frequência ao encontro da resistência humana”. 


Segundo Rebouças(2011, pg.77) a cultura organizacional: “é composta de padrões prevalentes de valores, crenças, sentimentos, atitudes, normas, interações, tecnologias, métodos e procedimentos de execução de atividades, bem como de suas influências sobre as pessoas da empresa”.

Benefícios para a Empresa ao Contratar uma Consultoria:

1 - Melhor utilização do tempo;

2 - Precisão na Identificação do Problema(Diagnóstico);

3 - Criação de Indicadores;

4 - Apoio nas Tomadas de Decisões;

5- Feedback Imparcial/Neutralidade;

6- Maximização de Lucros e Redução de Custos;

7 - Inovação;

8 - Otimização de métodos e processos;

9 - Interação entre os diversos setores da empresa;

10 - Ganho de produtividade e competitividade;

11 - Aumento de know-how;



Conclusão

Enfim, consultoria empresarial é um campo muito amplo que está em constante crescimento e se adptando de acordo com as mudanças do mercado. Sua missão nada mais é do que fazer com que as organizações sigam as tendências do mercado e consequentemente subam um degrau por vez da escada do sucesso. 

Espero ter conseguido abordar o tema de forma clara e objetiva...e que vocês tenham gostado! Uma ótima semana a todos e até o próximo post.


Fontes:

CHIAVENATO, Idalberto. teoria geral da administração. 6ª ed. revi. e atual. São Paulo: campus, 2001;

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Manual de Consultoria Empresarial: conceitos, metodologia, práticas. 10ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011;

KOTTER, P. J. e SCHLESINGER, A. L. Escolhendo estratégias para a mudança. In: KOTTER, P. J. Afinal, o que fazem os líderes: a nova face do poder e da estratégia. Rio de Janeiro: Campus, 2000.